sábado, 19 de julho de 2025

A Melhora da Morte - Parte 1

Richard Simonetti 

Diante do agonizante o sentimento mais forte naqueles que se ligam a ele afetivamente é o de perda pessoal.

"Meu marido não pode morrer! Ele é o meu apoio, minha segurança!"

"Minha esposa querida! Não me deixe! Não poderei viver sem você!"

"Meu filho, meu filho! Não se vá! Você é muito jovem! Que será de minha velhice sem o seu amparo?"

Curiosamente, ninguém pensa no moribundo. Mesmo os que aceitam a vida além-túmulo multiplicam-se em vigílias e orações, recusando admitir a separação. Esse comportamento ultrapassa os limites da afetividade, desembocando no velho egoísmo humano, algo parecido com o presidiário que se recusa a aceitar a idéia de que seu companheiro de prisão vai ser libertado.

O exacerbamento da mágoa, em gestos de inconformação e desespero, gera fios fluídicos que tecem uma espécie de teia de retenção, a promover a sustentação artificial da vida física. Semelhantes vibrações não evitarão a morte. Apenas a retardarão, submetendo o desencarnante a uma carga maior de sofrimentos.

(Trecho de SIMONETTI, Richard. Quem Tem Medo da Morte?. CEAC. 1997.)

sexta-feira, 18 de julho de 2025

Amar


Casimiro Cunha

Presa à altura terrestre
Jamais olvides, porém,
De que amar com Jesus Cristo
É a chave de todo bem.

XAVIER. Francisco Cândido. Dicionário da Alma. Autores Diversos. FEB. 1964

Multiplicação dos pães

Multiplicação dos pães

48. A multiplicação dos pães é um dos milagres que mais têm intrigado os comentadores e alimentado, ao mesmo tempo, as zombarias dos incrédulos. Sem se darem ao trabalho de lhe perscrutar o sentido alegórico, para estes últimos ele não passa de um conto pueril.

­Entretanto, a maioria das pessoas sérias há visto na narrativa desse fato, embora sob forma diferente da ordinária, uma parábola, em que se compara o alimento espiritual da alma ao alimento do corpo.

Pode-se, todavia, perceber nela mais do que uma simples figura e admitir, de certo ponto de vista, a realidade de um fato material, sem que, para isso, seja preciso se recorra ao prodígio. É sabido que uma grande preocupação de espírito, bem como a atenção fortemente presa a uma coisa fazem esquecer a fome. Ora, os que acompanhavam a Jesus eram criaturas ávidas de ouvi-lo; nada há, pois, de espantar em que, fascinadas pela sua palavra e também, talvez, pela poderosa ação magnética que Ele exercia sobre os que o cercavam, elas não tenham experimentado a necessidade material de comer.

Prevendo esse resultado, Jesus nenhuma dificuldade teve para tranquilizar os discípulos, dizendo-lhes, na linguagem figurada que lhe
era habitual e admitido que realmente houvessem trazido alguns pães, que estes bastariam para matar a fome à multidão. Simultaneamente, ministrava aos referidos discípulos um ensinamento, com o lhes dizer:  “Dai-lhes vós mesmos de comer.” Ensinava-lhes assim que também eles podiam alimentar por meio da palavra. 

Desse modo, a par do sentido moral alegórico, produziu-se um efeito fisiológico, natural e muito conhecido. O prodígio, no caso, está no ascendente da palavra de Jesus, poderosa bastante para cativar a atenção de uma multidão imensa, ao ponto de fazê-la esquecer-se de comer. Esse poder moral comprova a superioridade de Jesus, muito mais do que o fato puramente material da multiplicação dos pães, que tem de ser considerada como alegoria.

Esta explicação, aliás, o próprio Jesus a confirmou nas duas passagens seguintes.

O fermento dos fariseus

49. Ora, tendo seus discípulos passado para o outro lado do mar, esqueceram-se de levar pães. — Jesus lhes disse: “Tende o cuidado de precatar-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus.” — Eles, porém, pensavam e diziam entre si: “É porque não trouxemos pães.”

Jesus, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: “Homens de pouca fé, por que haveis de estar cogitando de não terdes trazido pães? Ainda não compreendeis e não vos lembrais quantos cestos levastes? — Como não compreendereis que não é do pão que eu vos falava, quando disse que vos guardásseis do fermento dos fariseus e saduceus?”

Eles então compreenderam que Ele não lhes dissera que se preservassem do fermento que se põe no pão, mas da doutrina dos fariseus e dos saduceus. (Mateus, 16:5 a 12.)

O pão do céu

50. No dia seguinte, o povo, que permanecera do outro lado do mar, notou que lá não chegara outra barca e que Jesus não entrara na que seus discípulos tomaram, que os discípulos haviam partido sós — e como tinham chegado depois outras barcas de Tiberíades, perto do lugar onde o Senhor, após render graças, os alimentara com cinco pães; — e como verificassem por fim que Jesus não estava lá, tampouco seus discípulos, entraram naquelas barcas e foram para Cafarnaum, em busca de Jesus. — E, tendo-o encontrado além do mar, disseram-lhe: “Mestre, quando vieste para cá?”

Jesus lhes respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo que me procurais, não por causa dos milagres que vistes, mas por que eu vos dei pão a comer e ficastes saciados. — Trabalhai por ter, não o alimento que perece, mas o que dura para a vida eterna e que o Filho do Homem vos dará, porque foi nele que Deus, o Pai, imprimiu seu selo e seu caráter.”

Perguntaram-lhe eles: “Que devemos fazer para produzir obras de Deus?” — Respondeu-lhes Jesus: “A obra de Deus é que creiais no que Ele enviou.”

Perguntaram-lhe então: Que milagre operarás que nos faça crer, vendo-o? Que farás de extraordinário? — Nossos pais comeram o maná no deserto, conforme está escrito: Ele lhes deu de comer o pão do céu.

Jesus lhes respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo que Moisés não vos deu o pão do céu; meu Pai é quem dá o verdadeiro pão do céu — porquanto o pão de Deus é aquele que desceu do céu e que dá vida ao mundo.”

Disseram eles então: “Senhor, dá-nos sempre desse pão.”

Jesus lhes respondeu: “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. — Mas eu já vos disse: vós me tendes visto e não credes.

Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim tem a vida eterna. — Eu sou o pão da vida. — Vossos pais comeram o maná do deserto e morreram. — Aqui está o pão que desceu do céu, a fim de que quem dele comer não morra.” (João, 6:22 a 36 e 47 a 50.)

51. Na primeira passagem, lembrando o fato precedentemente operado, Jesus dá claramente a entender que não se tratara de pães materiais, pois, a não ser assim, careceria de objeto a comparação por Ele estabelecida com o fermento dos fariseus: “Ainda não compreendeis, diz Ele, e não vos recordais de que cinco pães bastaram para cinco mil pessoas e que dois pães foram bastantes para quatro mil? Como não compreendestes que não era de pão que eu vos falava, quando vos dizia que vos preservásseis do fermento dos fariseus?” Esse confronto nenhuma razão de ser teria, na hipótese de uma multiplicação material. O fato fora de si mesmo muito extraordinário para ter impressionado fortemente a imaginação dos discípulos, que, entretanto, pareciam não mais lembrar-se dele.

É também o que não menos claramente ressalta, do que Jesus expendeu sobre o pão do céu, empenhado em fazer que seus ouvintes
compreendessem o verdadeiro sentido do alimento espiritual. “Trabalhai, diz Ele, não por conseguir o alimento que perece, mas pelo que se conserva para a vida eterna e que o Filho do Homem vos dará.” Esse alimento é a sua palavra, pão que desceu do céu e dá vida ao mundo. “Eu sou, declara Ele, o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê nunca terá sede.”

Tais distinções, porém, eram por demais sutis para aquelas naturezas rudes, que somente compreendiam as coisas tangíveis. Para eles, o maná, que alimentara o corpo de seus antepassados, era o verdadeiro pão do céu; aí é que estava o milagre. Se, portanto, houvesse ocorrido materialmente o fato da multiplicação dos pães, como teria Ele impressionado tão fracamente aqueles mesmos homens, a cujo benefício essa multiplicação se operara poucos dias antes, ao ponto de perguntarem a Jesus: “Que milagre farás para que, vendo-o, te creiamos? Que farás de extraordinário?” Eles entendiam por milagres os prodígios que os fariseus pediam, isto é, sinais que aparecessem no céu por ordem de Jesus, como pela varinha de um mágico. Ora, o que Jesus fazia era extremamente simples e não se afastava das leis da natureza; as próprias curas não revelavam caráter muito singular, nem muito extraordinário. Para eles, os milagres espirituais não apresentavam grande vulto.

A Gênese - Capítulo XV - Os milagres do Evangelho - Multiplicação dos pães

Imperativos Cristãos

André Luiz 

Aprende - humildemente.

Ensina - praticando.

Administra - educando.

Obedece - prestativo.

Ama - edificando.

Teme - a ti mesmo.

Sofre - aproveitando.

Fala - construindo.

Ouve - sem malícia.

Ajuda - elevando.

Ampara - levantando.

Passa - servindo.

Ora - serenamente.

Pede - com juízo.

Espera - trabalhando.

Crê - agindo.

Confia - vigiando.

Recebe - distribuindo.

Atende - com gentileza.

Coopera - sem apego.

Socorre - melhorando.

Examina - salvando.

Esclarece - respeitoso.

Semeia - sem aflição.

Estuda - aperfeiçoando.

Caminha - com todos.

Avança - auxiliando.

Age - no bem geral.

Corrige - com bondade.

Perdoa - sempre.

XAVIER, Francisco Cândido. Agenda Cristã. Pelo Espírito André Luiz. FEB. 

quarta-feira, 16 de julho de 2025

Destinação da Terra. Causa das misérias terrenas


6. Muitos se admiram de que haja tanta maldade na Terra e tantas paixões grosseiras, tantas misérias e enfermidades de toda natureza, e daí concluem que a espécie humana é uma coisa muito triste. Esse julgamento provém do ponto de vista acanhado em que se colocam os que o emitem e que lhes dá uma falsa ideia do conjunto. Deve-se considerar que na Terra não está a Humanidade toda, mas apenas uma pequena fração. Com efeito, a espécie humana compreende todos os seres dotados de razão que povoam os inumeráveis mundos do Universo. Ora, que é a população da Terra, em face da população total desses mundos? Muito menos que a de um lugarejo em relação à de um grande império. A situação material e moral da Humanidade terrena nada tem que espante, desde que se leve em conta a destinação da Terra e a natureza dos seres que a habitam.

7. Faria dos habitantes de uma grande cidade ideia completamente falsa quem os julgasse pela população de seus bairros mais ínfimos e sórdidos. Num hospital, só se veem doentes e estropiados; numa penitenciária, veem-se reunidas todas as torpezas, todos os vícios; nas regiões insalubres, a maioria dos habitantes são pálidos, franzinos e enfermiços. Pois bem: figure-se a Terra como um subúrbio, um hospital, uma penitenciária, uma região insalubre, pois ela é simultaneamente tudo isso, e compreender-se-á por que as aflições sobrepujam os prazeres, já que não se mandam para o hospital os que se acham com boa saúde nem para as casas de correção os que não praticaram mal algum, visto que nem os hospitais nem as casas de correção são lugares de delícias.

Ora, assim como numa cidade, a população não se encontra toda nos hospitais ou nas prisões, também na Terra não está a Humanidade
inteira. E, do mesmo modo que saímos do hospital quando estamos curados, e da prisão quando cumprimos a pena, o homem deixa a
Terra por mundos mais felizes, quando está curado de suas enfermidades morais.

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap III - Há muitas moradas na casa de meu
Pai - Destinação da Terra. Causa das misérias terrenas

O Desdobramento do Espírito

O espírito liberto pelo sono

A figura acima retirada do livro "Passe e Curas Espirituais", mostra-nos um homem sentado em uma posição confortável em sua poltrona, ele parece bem relaxado, o seu relaxamento e sua extensa "concentração" fazem com que, o seu espírito se afaste do corpo, e se transporte para o ambiente onde o corpo está.

Vejamos agora, para melhor entendimento, o trecho do livro sobre essa faculdade:

"Entendemos por desdobramento do espírito o ato deste deixar o corpo e sair no seu duplo,
para qualquer parte, transportando-se, muitas vezes, para determinado lugar. Esta operação do espírito é, muito impropriamente, chamada de transporte, o que constitui engano, porquanto o “transporte” é empregado em “efeitos físicos”.

O desdobramento é uma faculdade do espírito em caminho para o mais Alto, e muito usada no socorro aos infelizes do plano espiritual ou mesmo aos enfermos encarnados.

Médiuns há que têm esta faculdade tão desenvolvida que, mesmo em vigília, basta apenas ligeira concentração, e o seu espírito solta-se para os pontos indicados pelo próprio pensamento.

Outras vezes, levanta-se calmamente do leito, com a maior naturalidade como se lhe fosse comum, observa seu corpo e de outras pessoas na mesma cama e repentinamente encontra-
se em outras paragens, para cumprir determinadas obrigações, no espaço ou na terra. É o preparo espiritual que já está em boas condições."

(Extraído do livro: Passes e Curas Espirituais. Wenefledo de Toledo. 1ª edição. Ano 1965.)

Vida Feliz CC


Joana de Ângelis 

Agradece a Deus a tua existência.

Louva-O através de uma vivência sadia.

Exalta-Lhe o amor por meio dos deveres retamente cumpridos.

Dignifica-O, sendo-Lhe um servidor devotado e fiel.

Apresenta-O à Humanidade, tornando-te exemplo de amigo e irmão em todas as circunstâncias.

Glorifica-O, trabalhando pelo bem de todos, teus irmãos em humanidade.

Respeita-O, obedecendo às Soberanas Leis, que governam a vida.

Reconhece-O em tudo e todos, mediante uma vida feliz, na tua condição de filho bem amado.

FRANCO, Divaldo Pereira. Vida Feliz. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 18.ed. LEAL, 2015.

Amanhã


Estevina

Enquanto ruge a tormenta, contempla o amanhã na tela de nossas aspirações...

Agar

Amanhã, invariavelmente, é o dia de resultado de nossas próprias ações.

Isabel Souto

Será o amanhã segundo idealizamos hoje, tanto quanto hoje é o reflexo de ontem.

Meimei

Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte. Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia.

XAVIER. Francisco Cândido. Dicionário da Alma. Autores Diversos. FEB. 1964

terça-feira, 15 de julho de 2025

Faculdade que tem os Espíritos de Penetrar nos nossos pensamentos


456. Vêem os Espíritos tudo o que fazemos?

“Podem ver, pois que constantemente vos rodeiam. Cada um, porém, só vê aquilo a que dá atenção. Não se ocupam com o que lhes é indiferente.”

457. Podem os Espíritos conhecer os nossos mais secretos pensamentos?

“Muitas vezes chegam a conhecer o que desejaríeis ocultar de vós mesmos. Nem atos, nem pensamentos se lhes podem dissimular.”

a) — Assim, mais fácil nos seria ocultar de uma pessoa viva qualquer coisa, do que a esconder dessa mesma pessoa depois de morta?

“Certamente. Quando vos julgais muito ocultos, é comum terdes ao vosso lado uma multidão de Espíritos que vos observam.”

458. Que pensam de nós os Espíritos que nos cercam e observam?

“Depende. Os levianos riem das pequenas partidas que vos pregam e zombam das vossas impaciências. Os Espíritos sérios se condoem dos vossos reveses e procuram ajudar-­vos.”

O Livro dos Espíritos - Cap IX - Da Intervenção dos Espíritos no Mundo Corporal - Faculdade que tem os Espíritos de Penetrar nos nossos pensamentos

Os demônios segundo o Espiritismo

A palavra demônio vem da raiz grega - "daimónion" que, por sua vez, nos deu o étimo latino "daemoniu". O Dicionário do Aurélio registra a palavra demônio como sendo "gênio ou representação do mal; Espírito maligno, Espírito das trevas; Lúcifer, Satanás, Diabo. Esclarece-nos o nosso Festejado Humberto de Campos que milhões de desencarnados permanecem imantados à crosta do mundo, impedindo o progresso mental das criaturas que lhes são afins. Preferem a discórdia e a malícia e agem como autênticos demônios soltos. Quando podem e quando encontram atmosfera favorável jogam as criaturas encarnadas umas contra as outras, destilando venenos cruéis. 

Meus amigos, perante a nossa Doutrina, nem Anjos e nem Demônios são Entidades distintas. Sabemos que Deus criou os Espíritos iguais e todos partiram do mesmo ponto. Unidos aos corpos materiais, esses Seres constituem as humanidades que povoam a Terra e outras Esferas habitadas; quando libertos dos corpos materiais, esses Seres constituem o mundo espiritual. Esses Espíritos povoam os espaços. Deus criou os Espíritos com o nobre propósito de se aperfeiçoarem, tendo por objetivo a perfeição e, em conseqüência, a Felicidade que decorre da Perfeição. Meus amigos, Deus não deu, de início, aos nossos Espíritos a perfeição e, por isso mesmo, temos que obtê-la com os nossos próprios esforços, caso contrário, não teríamos nenhum mérito. Desde o momento de sua criação, os Espíritos devem progredir, quer como encarnados, quer no estado espiritual. Atingindo o ápice da evolução moral, os Espíritos tornam-se Puros, quando são denominados Anjos. Assim, a partir do embrião do Ser Inteligente até ao Anjo, (Espírito Puro), há uma cadeia em que cada um dos elos assinala um grau de progresso. Assim sendo, concluímos que há Espíritos em todos os graus de adiantamento moral e intelectual, conforme a posição em que se acham. Em todos os graus existe, portanto, ignorância e Saber, Bondade e Maldade. Só quando o Espírito atinge o ápice desta escada imensa, é que Ele se torna Puro, Bom e Sábio. Considero Emmanuel como um Espírito Puro, Bom e Sábio. Nas bases inferiores desta escada destacam-se, ainda, Espíritos profundamente propensos ao mal que se comprazem com o mal. Estes Espíritos, ainda submersos nos calabouços das trevas, divertem-se em perturbar aqueles que com Eles tenham afinidades. Esses Espíritos malignos, também são denominados pelo vulgo como Demônios. Tais Espíritos que são classificados como Demônios não constituem uma criação distinta, pois, sabemos que os Espíritos foram criados todos iguais, caso contrário, onde estaria a Justiça Divina? Esses Espíritos malignos, infelizmente, tropeçaram e caíram e ainda não se levantaram. Mas, não estão marcados pela fatalidade eterna de serem sempre maus, de serem sempre Demônios, porque poderão alcançar a própria regeneração através dos longos processos reencarnatórios. Também, esses Espíritos contam com os nossos trabalhos que visam esclarecê-los e encaminhá-los aos planos mais elevados. Então, meus amigos, o que o vulgo designa por Demônios, perante nossa Doutrina, são considerados Espíritos imperfeitos, suscetíveis de regeneração. Em nossos dias, ainda, encontramos Espíritos endurecidos, recalcitrantes, maus, apáticos, obstinados em não nos ouvir e a permanecerem nas trevas, nas classes inferiores. Esses Espíritos sofrem as conseqüências dessa atitude e o hábito do mal lhes dificulta a regeneração. Entretanto, haverá de chegar um dia em que esses Espíritos venham a sentir fundamente a fadiga dessa vida penosa e das respectivas conseqüências. Então, arrependidos, em longos processos reencarnatórios, haverão de batalhar estoicamente até que possam alcançar os altiplanos das Luzes. Meus amigos, a lei de Deus é a eterna lei do progresso. Assim, os Espíritos Puros, que hoje nos ajudam como nossos Anjos, escalaram, com os próprios méritos, a imensa escada da perfeição, também, os Espíritos, ainda, impuros, que se comprazem com o mal, haverão de ser guindados para os degraus superiores, através das provas e das expiações, deixarão de ser Demônios e passarão a integrar as esferas mais saturadas de Luz.

Nestas circunstâncias, perante nossa doutrina, não há Anjos e nem Demônios, mas Espíritos puros e impuros. 

Temos diante de nós uma imensa escada e ainda nos encontramos nos primeiros degraus. Procuremos, então, através dos nossos trabalhos na Seara do Bem, através dos nossos esforços de auto-aprimoramento, arregimentar as forças necessárias para subirmos mais alguns degraus. 

(Extraído de "Jornal Verdade e Luz". Nº 181. Escrito por Domério de Oliveira. Fevereiro de 2001)

Esforço e Oração


Emmanuel 

"E, despedida a multidão, subiu ao monte a fim de orar, à parte. E, chegada já a tarde, estava ali só." - (MATEUS, capítulo 14, versículo 23.)

De vez em quando, surgem grupos religiosos que preconizam o absoluto retiro das lutas humanas para os serviços da oração.

Nesse particular, entretanto, o Mestre é sempre a fonte dos ensinamentos vivos. O trabalho e a prece são duas características de sua atividade divina.

Jesus nunca se encerrou a distância das criaturas, com o fim de permanecer em contemplação absoluta dos quadros divinos que lhe iluminavam o coração, mas também cultivou a prece em sua altura celestial.

Despedida a multidão, terminado o esforço diário, estabelecia a pausa necessária para meditar, à parte, comungando com o Pai, na oração solitária e sublime.

Se alguém permanece na Terra, é com o objetivo de alcançar um ponto mais alto, nas expressões evolutivas, pelo trabalho que foi convocado a fazer. E, pela oração, o homem recebe de Deus o auxílio indispensável à santificação da tarefa.

Esforço e prece completam-se no todo da atividade espiritual.

A criatura que apenas trabalhasse, sem método e sem descanso, acabaria desesperada, em horrível secura do coração; aquela que apenas se mantivesse genuflexa, estaria ameaçada de sucumbir pela paralisia e ociosidade.

A oração ilumina o trabalho, e a ação é como um livro de luz na vida espiritualizada.

Cuida de teus deveres porque para isso permaneces no mundo, mas nunca te esqueças desse monte, localizado em teus sentimentos mais nobres, a fim de orares "à parte", recordando o Senhor.

XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009

segunda-feira, 14 de julho de 2025

Novas varreduras no mar reacendem a lenda do antigo reino submerso de Sri Krishna em Dwarka

A ilha Bet Shankhodhar, no estado de Gujarat. (Foto: Shankar IAS Parliament)

A história do naufrágio da capital do Senhor Sri Krishna — está de volta após novos novos estudos com tecnologia sonar de varredura lateral e multifeixe mapearem uma série de "anomalias" estruturais de baixo dágua, ao largo de Dwarka e Bet Dwarka.

Novas pistas que sugerem que Dwarka, a cidade submersa que outrora foi o reino do Senhor Sri Krishna, e que está submerso foram descobertas por autoridades do Serviço Arqueológico da Divisão de Arqueologia Subaquática (UAW) da Índia. Sonares de varredura lateral e levantamentos multifeixe revelaram uma série de "anomalias" estruturais ao largo de Dwarka e Bet Dwarka em março deste ano.

Uma nota provisória de estudo de campo, protocolada em 16 de abril, detalha tudo o que foi recuperado: fragmentos de cerâmica com inscrições, anéis de cobre e conjuntos de âncoras de pedra no estilo harappiano. Um segmento de pedra cortada em forma de L foi avistado de 5 a 12 metros abaixo do flanco leste do Riacho Gomati.

A antiga cidade do Senhor Sri Krishna

Há milhares de anos, no território onde se localiza a Índia, situava-se uma antiga cidade chamada "Dwarka", que não era exatamente uma cidade comum, mas um lugar de origem divina, que se acredita, na crença religiosa ter sido criado pelo próprio Senhor Krishna, quando esteve na Terra. Também conhecida como a "Cidade Dourada" nas escrituras hindus e, mais famosamente, no Mahabharata.

Dwarka, a cidade submersa

Escavações anteriores, realizadas entre os anos 2005 e 2007, revelaram âncoras, fragmentos de esculturas e aproximadamente 26 camadas culturais perto do Templo Dwarkadhish. No entanto, não foi confirmado se a cidade de Dwarka realmente existiu. 

De acordo com o "Mahabharata", o conto mais famoso da Índia, o Senhor Krishna estabeleceu seu reino em Dwarka após matar seu tio Kamsa. 

Uma lenda religiosa afirma que, após Krishna cumprir sua missão na Terra como Avatar e partir para o céu, deixando para trás seu corpo mortal e material, Dwarka afundou. 

Estudos afirmam que ela está parcialmente submersa no Mar Arábico. Alguns acreditam que ela foi engolida pela elevação do mar.

Escrito originalmente por Márcio Varela

Resumo Teórico do Sonambulismo, do Êxtase e da Dupla Vista


455. Os fenômenos do sonambulismo natural se produzem espontaneamente e independem de qualquer causa exterior conhecida. Mas, em certas pessoas dotadas de especial organização, podem ser provocados artificialmente, pela ação do agente magnético. 

O estado que se designa pelo nome de sonambulismo magnético apenas difere do sonambulismo natural em que um é provocado, enquanto o outro é espontâneo. 

O sonambulismo natural constitui fato  notório, que ninguém mais se lembra de pôr em dúvida, não obstante o aspecto maravilhoso dos fenômenos a que dá lugar. Por que seria então mais extraordinário ou irracional o sonambulismo magnético? Apenas por produzir-­se artificialmente, como tantas outras coisas? Os charlatães o exploram, dizem. Razão demais para que não lhes seja deixado nas mãos. Quando a Ciência se houver apropriado dele, muito menos crédito terão os charlatães junto às massas populares. Enquanto isso não se verifica, como o sonambulismo natural ou artificial é um fato, e como contra fatos não há raciocínio possível, vai ele ganhando terreno, apesar da má vontade de alguns, no seio da própria Ciência, onde penetra por uma imensidade de portinhas, em vez de entrar pela porta larga. Quando lá estiver totalmente, terão que lhe conceder direito de cidade. 

Para o Espiritismo, o sonambulismo é mais do  que um fenômeno psicológico, é uma luz projetada sobre a psicologia. É aí que se pode estudar a alma, porque é onde esta se mostra a descoberto. Ora, um dos fenômenos que a caracterizam é o da clarividência independente dos órgãos ordinários da vista. Fundam-­se os que contestam este fato em que o sonâmbulo  nem sempre vê, e à vontade do experimentador, como com os olhos. Será de admirar que difiram os efeitos, quando diferentes são os meios? Será racional que se pretenda obter os mesmos efeitos, quando há e quando não há o instrumento? A alma tem suas propriedades, como os olhos têm as suas. Cumpre julgá-­las em si mesmas e não por analogia.

De uma causa única se originam a clarividência do sonâmbulo magnético e a do sonâmbulo natural. É um atributo da alma, uma faculdade inerente a todas as partes do ser incorpóreo que existe em nós e cujos limites não são outros senão os assinados à própria alma. O sonâmbulo vê em todos os lugares aonde sua alma possa transportar­-se, qualquer que seja a longitude.

No caso de visão a distância, o sonâmbulo não vê as coisas de onde está o seu corpo, como por meio de um telescópio. Vê­as presentes, como se se achasse no lugar onde elas existem, porque sua alma, em realidade, lá está. Por isso é que seu corpo fica como que aniquilado e privado  de sensação, até que a alma volte a habitá-­lo novamente. Essa separação parcial da alma e do corpo constitui um estado anormal, suscetível de duração mais ou menos longa, porém não indefinida. Daí a fadiga que o corpo experimenta após certo tempo, mormente quando aquela se entrega a um trabalho ativo. 

A vista da alma ou do Espírito não é circunscrita e não tem sede determinada. Eis por que os sonâmbulos não  lhe podem marcar órgão especial. Vêem porque vêem, sem saberem o motivo nem o modo, uma vez que, para eles, na condição de Espíritos, a vista carece de foco próprio. Se se reportam ao corpo, esse foco lhes parece estar nos centros onde maior é a atividade vital, principalmente no
cérebro, na região do epigastro, ou no órgão que considerem o ponto de ligação mais forte entre o Espírito e o corpo.

O poder da lucidez sonambúlica não  é ilimitado. O Espírito, mesmo quando completamente livre, tem restringidos seus conhecimentos e faculdades, conforme ao grau de perfeição que haja alcançado. Ainda mais restringidos os tem quando  ligado  à matéria, a cuja influência está sujeito. É o que motiva não ser universal, nem infalível, a clarividência sonambúlica. E tanto menos se pode contar
com a sua infalibilidade, quanto mais desviada seja do fim visado pela natureza e transformada em objeto de curiosidade e de experimentação.

No estado de desprendimento em que fica colocado, o Espírito do sonâmbulo entra em comunicação mais fácil com os outros Espíritos encarnados, ou não encarnados, comunicação que se estabelece pelo contacto dos fluidos, que
compõem os perispíritos e servem de transmissão ao pensamento, como o fio
elétrico. O sonâmbulo não precisa, portanto, que se lhe exprimam os pensamentos por meio da palavra articulada. Ele os sente e adivinha. É o que o torna eminentemente impressionável e sujeito às influências da atmosfera moral que o
envolva. Essa também a razão por que uma assistência muito numerosa e a presença de curiosos mais ou menos malevolentes lhe prejudicam de modo essencial o desenvolvimento das faculdades que, por assim dizer, se contraem, só se desdobrando com toda a liberdade num meio íntimo ou simpático. A presença de pessoas mal­intencionadas ou antipáticas lhe produz efeito idêntico ao do contacto da mão na sensitiva. 

O sonâmbulo vê ao mesmo tempo o seu próprio Espírito e o seu corpo, os quais constituem, por assim dizer, dois seres que lhe representam a dupla existência corpórea e espiritual, existências que, entretanto, se confundem, mediante os laços que as unem. Nem sempre o sonâmbulo se apercebe de tal situação e essa dualidade faz que muitas vezes fale de si, como se falasse de outra pessoa. É que ora é o ser corpóreo que fala ao ser espiritual, ora é este que fala àquele. 

Em cada uma de suas existências corporais, o Espírito adquire um acréscimo de conhecimentos e de experiência. Esquece-­os parcialmente, quando encarnado em matéria por demais grosseira, porém deles se recorda como Espírito. Assim é que certos sonâmbulos revelam conhecimentos acima do grau da instrução que possuem e mesmo superiores às suas aparentes capacidades intelectuais.

Portanto, da inferioridade intelectual e científica do sonâmbulo, quando desperto, nada se pode inferir com relação aos conhecimentos que porventura revele no estado de lucidez. Conforme as circunstâncias e o fim que se tenha em vista, ele os pode haurir da sua própria experiência, da sua clarividência relativa às coisas presentes, ou  dos conselhos que receba de outros Espíritos. Mas, podendo o seu próprio Espírito ser mais ou menos adiantado, possível lhe é dizer coisas mais ou menos certas. 

Pelos fenômenos do sonambulismo, quer natural, quer magnético, a Providência nos dá a prova irrecusável da existência e da independência da alma e nos faz assistir ao sublime espetáculo  da sua emancipação. Abre­nos, dessa maneira, o livro do nosso destino. Quando o sonâmbulo descreve o que se passa a
distância, é evidente que vê, mas não com os olhos do corpo. Vê­-se a si mesmo e se sente transportado ao lugar onde vê o que descreve. Lá se acha, pois, alguma coisa dele e, não  podendo essa alguma coisa ser o seu corpo, necessariamente é sua alma, ou Espírito. Enquanto o homem se perde nas sutilezas de uma metafísica abstrata e ininteligível, em busca das causas da nossa existência moral, Deus cotidianamente nos põe sob os olhos e ao  alcance da mão os mais simples e patentes meios de estudarmos a psicologia experimental. 

O êxtase é o estado em que a independência da alma, com relação ao corpo, se manifesta de modo mais sensível e se torna, de certa forma, palpável. 

No sonho e no sonambulismo, o Espírito anda em giro pelos mundos terrestres. No êxtase, penetra em um mundo desconhecido, o dos Espíritos etéreos, com os quais entra em comunicação, sem que, todavia, lhe seja lícito ultrapassar certos limites, porque, se os transpusesse, totalmente se partiriam os laços que o prendem ao corpo. Cerca-­o então  resplendente e desusado fulgor, inebriam­no
harmonias que na Terra se desconhecem, indefinível bem­estar o invade: goza antecipadamente da beatitude celeste e bem se pode dizer que pousa um pé no limiar da eternidade. 

No estado de êxtase, o aniquilamento do corpo é quase completo. Fica-­lhe somente, pode­se dizer, a vida orgânica. Sente­-se que a alma se lhe acha presa unicamente por um fio, que mais um pequenino esforço quebraria sem remissão. 

Nesse estado, desaparecem todos os pensamentos terrestres, cedendo lugar
ao sentimento apurado, que constitui a essência mesma do nosso ser imaterial. Inteiramente entregue a tão sublime contemplação, o extático encara a vida apenas como paragem momentânea. Considera os bens e os males, as alegrias grosseiras e as misérias deste mundo quais incidentes fúteis de uma viagem, cujo termo tem a dita de avistar. 

Dá­se com os extáticos o que se dá com os sonâmbulos: mais ou menos perfeita podem ter a lucidez e o Espírito mais ou menos apto a conhecer e compreender as coisas, conforme seja mais ou menos elevado. Muitas vezes, porém, há neles mais excitação do que verdadeira lucidez, ou, melhor, muitas vezes a
exaltação lhes prejudica a lucidez. Daí o serem, freqüentemente, suas revelações um misto de verdades e erros, de coisas grandiosas e coisas absurdas, até ridículas. Dessa exaltação, que é sempre uma causa de fraqueza, quando o indivíduo não sabe reprimi­la, Espíritos inferiores costumam aproveitar-­se para dominar o extático, tomando, com tal intuito, aos seus olhos, aparências que mais o aferram às idéias que nutre no estado de vigília. Há nisso um escolho, mas nem todos são assim. Cabe­nos tudo julgar friamente e pesar­-lhes as revelações na balança da razão. 

A emancipação da alma se verifica às vezes no estado de vigília e produz o fenômeno conhecido pelo nome de segunda vista ou dupla vista, que é a faculdade graças à qual quem a possui vê, ouve e sente além dos limites dos sentidos humanos. Percebe o que exista até onde estende a alma a sua ação. Vê, por assim
dizer, através da vista ordinária e como por uma espécie de miragem. 

No momento em que o fenômeno da segunda vista se produz, o estado físico do indivíduo se acha sensivelmente modificado. O olhar apresenta alguma coisa de vago. Ele olha sem ver. Toda a sua fisionomia reflete uma como exaltação. Nota­-se que os órgãos visuais se conservam alheios ao fenômeno, pelo fato de a visão persistir, malgrado à oclusão dos olhos. 

Aos dotados desta faculdade ela se afigura tão natural, como a que todos temos de ver. Consideram­-na um atributo de seus próprios seres, que em nada lhes parecem excepcionais. De ordinário, o  esquecimento  se segue a essa lucidez passageira, cuja lembrança, tornando­se cada vez mais vaga, acaba por desaparecer, como a de um sonho.

O poder da vista dupla varia, indo  desde a sensação confusa até a percepção clara e nítida das coisas presentes ou  ausentes. Quando rudimentar, confere a certas pessoas o tato, a perspicácia, uma certa segurança nos atos, a que se pode dar o qualificativo de precisão de golpe de vista moral. Um pouco desenvolvida, desperta os pressentimentos. Mais desenvolvida mostra os acontecimentos que deram ou estão para dar­-se. 

O sonambulismo natural e artificial, o  êxtase e a dupla vista são efeitos vários, ou de modalidades diversas, de uma mesma causa. Esses fenômenos, como os sonhos, estão na ordem da natureza. Tal a razão por que hão existido em todos os tempos. A História mostra que foram sempre conhecidos e até explorados desde a mais remota antiguidade e neles se nos depara a explicação de uma imensidade de fatos que os preconceitos fizeram fossem tidos por sobrenaturais.

Leia mais: 




O Livro dos Espíritos - Cap VIII - Da Emancipação da Alma - Resumo Teórico do Sonambulismo, do Êxtase e da Dupla Vista

Ismael

Não se pode negar o sentimento de veneração que envolve a nobre figura de Ismael, Guia Espiritual do Brasil.

A responsabilidade que detém, na condição de mentor da egrégia Federação Espírita Brasileira – FEB – suscita, da parte da comunidade espírita nacional, um profundo respeito, aliado a um imenso carinho e uma Suva ternura.

Certa vez, indagaram a Chico (nota do autor: Chico Xavier): – Como se processam os encontros, nas esferas resplandecentes da Espiritualidade de Emmanuel com Ismael? Qual a postura do admirável Espírito do ex-senador romano, diante da também luminosa entidade a quem confiou Jesus os destinos do Brasil?

Resposta do querido médium, serena e firme: – De joelhos!


(Trecho extraído do livro: “Chico Xavier – Mandato de Amor” – União Espírita Mineira - 1997)

Princípios Redentores


Emmanuel 

Não se esqueça de que Deus é o tema central de nossos destinos.

Deseje o bem dos outros, tanto quanto deseja o próprio bem.

Concorde imediatamente com os adversários.

Respeite a opinião dos vizinhos. Evite contendas desagradáveis.

Empreste sem aguardar restituição.

Dê seu concurso às boas obras, com alegria.

Não se preocupe com os caluniadores.

Agradeça ao inimigo pelo valor que ele lhe atribui.

Ajude as crianças.

Não desampare os velhos e doentes.

Pense em você, por último, em qualquer jogo de benefícios.

Desculpe sinceramente.

Não critique a ninguém.

Repare seus defeitos, antes de corrigir os alheios.

Use a fé e a prudência.

Aprenda a semear, preparando boa ceifa.

Não peça uvas ao espinheiro.

Liberte-se do peso de excessivas convenções.

Cultive a simplicidade.

Fale o menos possível, relativamente a você e a seus problemas.

Estimule as qualidades nobres dos companheiros.

Trabalhe no bem de todos.

Valorize o tempo.

Metodize o trabalho, sabendo que cada dia tem as suas obrigações.

Não se aflija.

Sirva a toda gente sem prender-se.

Seja alegre, justo e agradecido.

Jamais imponha seus pontos de vista.

Lembre-se de que o mundo não foi feito apenas para você.

XAVIER, Francisco Cândido. Agenda Cristã. Pelo Espírito André Luiz. FEB. 

domingo, 13 de julho de 2025

33ª Semana Espírita de Areia Branca 2025


A Sociedade Cultural Espírita André Luiz estará promovendo a 33ª Semana Espírita de Areia Branca com o tema: O Céu e o Inferno em nossas vidas

O evento que será realizado na câmara, a partir do dia 21, ocorrerá por seis dias conseguintes.

Datas e Horários

De 21 a 26 de Julho de 2025

Local: Câmara Municipal de Areia Branca/RN

Horário: A partir das 19h30 (Noite)

O Sr. Home em Roma (Conclusão)


Revista Espírita 1864 - Março de 1864

A ordem que tinha sido dada ao Sr. Home pelas autoridades pontifícias, de deixar Roma em três dias, tinha sido revogada, como vimos em nosso último número. Mas não se reprime o medo e mudaram de idéia; a licença de permanência foi retirada definitivamente, obrigando o Sr. Home, sob a acusação de feitiçaria, a partir imediatamente. É bom dizer que as batidas e o levantamento da mesa durante o interrogatório, que tínhamos relatado em forma dubitativa, pois não tínhamos certeza, são exatos. Isto devia ser um motivo a mais para pensar que o Sr. Home trazia consigo o diabo a Roma, onde jamais havia penetrado, ao que parece. Ei-lo, pois, bem e devidamente convicto, pelo governo romano, de ser um feiticeiro; não um feiticeiro para rir, mas um verdadeiro feiticeiro, pois, do contrário, não teriam levado a coisa a sério. Tivemos sob os olhos o longo interrogatório a que o submeteram, e a leitura, pela forma das perguntas, levou-nos involuntariamente aos tempos de Joana d’Arc; só faltava o desfecho comum da época para essas espécies de acusação. Os jornais brincalhões admiram-se de que no século dezenove ainda acreditem em feiticeiros. É que há pessoas que dormem o sono de Epimênides há quatro séculos. Aliás, como não acreditaria o povo, quando sua existência é atestada pela autoridade que a deve conhecer melhor, já que mandou queimar tanta gente? É preciso ser céptico como um jornalista para não se render a uma prova tão evidente. O que é mais surpreendente é que se façam reviver os feiticeiros nos espíritas, logo eles que vêm provar, com as peças nas mãos, que não há feiticeiros nem maravilhoso, mas apenas leis naturais.

Revista Espírita 1864 - Março de 1864 - Ano VII - O Sr. Home em Roma (Conclusão)

Leia também: O Sr. Home em Roma

Duplo Efeito dos Pensamentos - Capítulo II


Cada pensamento bem definido produz um duplo efeito: uma vibrante radiação e uma forma suscetível de flutuar pelo espaço. Falando com propriedade, no princípio o pensamento parece ao clarividente como uma vibração no corpo mental, que se pode manifestar sob uma forma complexa ou simples. Se o pensamento é perfeitamente simples, não põe em atividade mais do que uma espécie de vibração; portanto, apenas uma espécie de matéria mental será notavelmente modificada. 

O corpo mental está, com efeito, composto de matéria de diferentes graus de densidade, que geralmente dividimos em "espécies" correspondentes aos diversos subplanos. Cada um destes subplanos se separa em muitas subdivisões, e se representamos estas traçando linhas horizontais para indicar os diferentes graus de densidade, há uma outra disposição que poderíamos simbolizar traçando linhas verticais cortando-as em ângulos retos, para denotar os diferentes tipos de qualidades de densidades. Existem, pois, numerosas variedades de matéria mental, e tem se notado que cada uma delas tem seu modo especial e bem definido de vibração, ao qual parece mais habituada. De sorte que cada variedade responde automaticamente e tende naturalmente a reproduzir as mesmas vibrações que tenham sido interrompidas por um pensamento ou uma sensação marcadamente forte em outro sentido.

Vejamos um exemplo: quando um homem se vê bruscamente sob a impressão de uma emoção, seu corpo astral é violentamente agitado e as suas cores habituais se veem momentaneamente quase obscurecidas por uma onda carmesim, azul ou escarlate, correspondente ao grau vibratório da emoção particular. Esta modificação é momentânea, não dura mais que alguns segundos, e rapidamente volta o corpo astral a tomar o seu aspecto comum. Portanto, cada emoção súbita produz um efeito permanente: acrescenta sempre algo de sua própria cor ao matiz normal do corpo astral.

De maneira que, cada vez que o homem cede a uma emoção determinada, torna-se-lhe mais fácil ceder de novo, pois o seu corpo astral toma então o costume de vibrar de maneira análoga.

Contudo, a maior parte dos pensamentos humanos estão longe de ser simples. A afeição absolutamente pura existe em verdade, mas encontramo-la muito amiúde matizada de orgulho ou egoísmo, de ciúmes ou paixão quase animal. Isto quer dizer que duas vibrações claramente separadas — e algumas vezes mais de duas — aparecem ao mesmo tempo no corpo mental e no corpo astral. A vibração radiada será, pois, complexa, e a forma de pensamento daí resultante será de muitas cores em vez de uma.

(Extraído do livro "Formas Pensamento". Annie Besant e C. W. Leadbeater. Edição em língua portuguesa. Ed Pensamento.)

Ingredientes do êxito


... nas águas revoltas do mar tanta vez agressivo da atualidade, navegamos...

Dias calmos, dias tempestuosos.
O que importa é a rota segura.
E desta nos louvamos todos, à frente do Divino Timoneiro.

... capacitemo-nos, cada vez mais, de que a obra não nos pertence e sim ao Senhor que nos utiliza por instrumentos.

... à vista disso e firmados em semelhante convicção, compreendamos que a fidelidade é o ingrediente de base para o êxito.

Entender a todos e auxiliar a todos, abençoando e construindo sempre e guardar, sobretudo, a certeza de que o serviço e o amor devem constituir as margens de nosso caminho para a frente.

... momentos aparecem nos quais os testemunhos de abnegação representam imperativos a que não nos é lícito fugir...

Notadamente, quando a perturbação e a calúnia nos ameaçam a estabilidade moral.

Ainda assim, aceitemos os desafios da sombra, na condição de aprendizes no educandário da luz.

... à frente de todas as dificuldades é imprescindível opor a bênção, como princípio de solução.


... é certo que o desdobramento da edificação em an- damento vos exige quotas de sacrifício sempre mais altas. Imperioso dar de nós para que a obra do Cristo se erga e se consolide no campo das necessidades humanas.

... esquecer-nos e trabalhar. Trabalhar e servir sempre.

... na execução desse programa as lutas e problemas explodem, por vezes, de todos os flancos, a reclamar-nos fraternidade em suas mais altas demonstrações. Todavia, se atribuirmos a Jesus a importância do esforço e não a nós, sabendo receber para nós os obstáculos naturais da senda a percorrer, então, a carga ser-nos-á sempre qual estrela de amor que o Céu nos permite carregar em auxílio a nós mesmos!

De mensagem recebida em 01.04.1969

Extraído do livro Bezerra, Chico e Você. Médium: Francisco Cândido Xavier. Ditado pelo espírito Bezerra de Menezes. GEEM

Leis naturais

Quando se fala em leis naturais, lembramo-nos do Espírito, que é o princípio inteligente do Universo, e da criação universal: a Matéria. São duas forças que se completam, saídas do Princípio Único, que é Deus e que se ajustam no mais alto equilíbrio na função da vida.

O homem, integrado na sociedade, busca entender as leis que regem a natureza e, no entanto, se perde nos labirintos da própria ânsia dos gozos e, por vezes, não sabe discernir o melhor para a sua própria felicidade.

Quando ele era movido pelos instintos, sentia-se
mais próximo da realidade, por ser mais influenciado pela Inteligência Suprema, que cuida mais de perto dos filhos recém-criados. À medida que evoluiu, foi ficando mais livre no que tange ao aprendizado e na formação da consciência, consubstanciando os seus direitos para a conquista da própria paz.

As leis naturais nos esperam. Avancemos para
elas, porque do seu seio dimana a própria vida, da Vida Maior.

Alguns dos que nos lêem, por sentirem o raiar do sol interior e por respeito a quem escreve com as mesmas necessidades de encontrar o equilíbrio encontrando a si mesmos, reclamam no silêncio da alma: "Como encontrar e conhecer essas leis de que tanto falais?" O caminho não c tão difícil como pensais. Ele descende das linhas do nosso destino. Cumpre-nos, porém, darmos os primeiros passos na senda da Iniciação. E como dar?", surge outra pergunta.

Hoje a palavra não pode ser encoberta pela letra. O homem tem pressa e o tempo urge. Eis em vossas mãos a chave e a porta. Começai a pensar em voltar à Natureza, em descobrir as suas leis, tecidas por Deus na grande estrutura universal, que logo encontrareis o roteiro que vos leva à ordem natural do Universo.

Essas próprias leis das quais estamos falando por misericórdia de Deus, nos impedem de dizer tudo, de dar a receita e o remédio, de colocar em vossa boca e degustar o pão divino feito no Éden dos Anjos. A parte tocada ao espírito, essa é dele. Não nos cabe fazê-la, pois seria derrocar a lei natural que gera para a consciência a tranqüilidade imperturbável. Vejo em vós que estais lendo, um gigante que dorme e que começa, como nós outros, a despertar para a luz.

Entrelacemos as mãos, para que por nós todos
possa fluir um energismo de luz e fazer desaparecer as necessidades oriundas da ignorância. Não fiqueis esmerando pelos outros. Eles já têm feito muito por nós. E nós? O que fizemos por eles?

Se é dando que recebemos, vamos ofertar e, para tal, precisamos trabalhar onde fomos chamados a viver. Não há ninguém imprestável. Somos peças na grande engrenagem cósmica e todos nós, como elos, dependemos da força que nos une: Deus. E para conhecer o Senhor com mais amplitude, é necessário que pensemos n'Ele, que conheçamos.

Suas leis, sem esquecer a Caridade, que é Ele
mesmo, manifestando-se no mundo das formas.

O processo de aprendizado das criaturas não está guardado nas universidades, nem nos livros e, muito menos, em prateleiras, sob o regime de vendas. As experiências são oriundas do tempo, que usa todos os meios para o despertar desses tesouros espirituais adormecidos em todas as criaturas, filhas do Grande Fogo Universal. 

De Jesus Cristo vertem as bênçãos do entendimento, para que procuremos as diretrizes que nos levam à paz interior. Os meios são variáveis, como variáveis são os comportamentos das almas. Nunca espereis
dos outros, o que deveis fazer com vossas mãos.
Para isso, tendes uma consciência, que vos indica a vossa obrigação e ela, a consciência, é mais ativa quando o ser não se esquece da prece.

Se quereis vos familiarizar com as leis naturais,
nas profundidades peculiares aos anjos, aos santos e aos místicos, a sabedoria espiritual vos indica um punhado de normas organizadas pelos apóstolos, ouvindo o Divino Mestre: o Evangelho.

E, nessas observações, tende fé, que a intuição
abrirá os caminhos para encontrar a Mãe Natureza, com a divina promessa que lhe cabe ofertar aos seus filhos, em nome de Deus.

(Extraído do livro: Saúde. Espírito Miramez. João Nunes Maia)

Benfeitores desencarnados


Emmanuel

Perceberás, sem dificuldade, a presença deles.

Onde as vozes habituadas a escarnecer se mostram a ponto de condenar, eles falam a palavra da compaixão e do entendimento.

Onde as cruzes se destacam, massacrando ombros doridos, eles surgem, de inesperado, por cireneus silenciosos, amparando os que caíram em desagrado e abandono.

Onde os problemas repontam, graves, prenunciando falência, eles semeiam a fé, cunhando valores novos de trabalho e esperança.

Onde as chagas se aprofundam, dilacerando corpo e alma, eles se convertem no remédio que sustenta a força e restaura a vida.

Onde o enxurro da ignorância cria a erosão do sofrimento, no solo do espírito, eles plantam a semente renovadora da elevação, regenerando o destino.

Onde os homens desistem de auxiliar, eles encontram vias diferentes de ação para a vitória do amor infinito.

Anseias pela convivência dos benfeitores desencarnados, com residência nos Planos Superiores, e tê-los-ás contigo, se quiseres. Guarda, porém, a convicção de que todos Eles são agentes do bem para todos e com todos, buscando agir através de todos em favor de todos.

Disse Jesus: “Quem me segue não anda em trevas”.

Se acompanhas os Bons Espíritos que, em tudo e por tudo, se revelam companheiros fiéis do Cristo, deixarás para sempre as sombras da retaguarda e avançarás para Deus, sob a glória da luz.

XAVIER. Francisco Cândido, Seara dos Médiuns. Pelo Espírito Emmanuel. FEB.

sábado, 12 de julho de 2025

As Irmãs Fox

As irmãs Fox

Por Arthur Connan Doyle

No mês de março de 1848, aconteceram, no pequeno povoado de Hydesville, nos Estados Unidos da América do Norte, os primeiros fenômenos espíritas dos tempos modernos, o que representou o prelúdio do advento da Doutrina Espírita, consumado com a Codificação Kardequiana.

Hydesville é um pequeno povoado típico do Estado de New York e, quando da ocorrência desses fenômenos, contava com um pequeno número de casas de madeira, do tipo mais simples. Numa dessas cabanas, habitava a família de John D. Fox, composta dos pais e vários filhos, dentre outros Margareth, de quatorze anos, Kate de onze anos, além de Leah, que residia noutra cidade.

A família Fox havia passado a morar nessa casa no dia 11 de dezembro de 1847. Algum tempo após essa mudança, seus ocupantes passaram a ouvir arranhões, ruídos insólitos e pancadas, vibradas no forro da sala, no assoalho, nas paredes e nos móveis, os quais passaram a constituir verdadeira preocupação para aquela humilde família.

Todos ficaram abalados com os acontecimentos. Numa semana a senhora Fox ficou grisalha. E, como tudo sugeria que os fenômenos estivessem ligados às duas meninas, Margareth e Kate, estas foram afastadas de casa. Mas, em casa do seu irmão, David Fox, para sonde foi Margareth, e na casa de sua Irmã Leah, cujo nome de casada era Sra. Fish, em Rochester, onde Kate ficou hospedada, os mesmos ruídos se fizeram ouvir. Esforços inauditos foram dispendidos para que o público ignorasse essas manifestações; logo, porém, elas se tornaram conhecidas. Leah, a irmã mais velha, teve que interromper as aulas de música, pois, passando também a ser intermediária dos fenômenos, embora em menor escala, foi levada a não continuar com as lições.

Os fenômenos se produziam com tal intensidade que, da casa das irmãs Fox, passaram a ser ouvidos na residência do Rev. A.H. Jervis, ministro metodista residente em Rochester. Logo, após, eles também se fizeram sentir na residência do Diácono Hale, de Greece, cidade vizinha de Rochester.

Na noite de 31 de março de 1848, descobriu-se um meio de entrar em contato com a entidade espiritual que produzia os fenômenos. A filha menor do casal, Kate, disse, batendo palmas: Sr. Pé Rachado, faça o que eu faço. De forma imediata, repetiram-se as palmadas. Quando ela parou, o som também parou em seguida. Em face daquela resposta, Margareth, então, disse, brincando: "Agora faça exatamente como eu. Conte um, dois, três, quatro, e bateu palmas." O que ela havia solicitado foi repetido com incrível exatidão. Kate, adiantando-se, disse, na sua simplicidade infantil: "Oh! mamãe! eu já sei o que é. Amanhã é primeiro de abril e alguém quer nos pregar uma mentira."

A senhora Fox lembrou-se, então, de fazer uma tentativa concludente: solicitou à entidade que desse as idades de todos os seus filhos, o que foi feito com notável precisão.

Havia-se estabelecido, desta forma, um sistema de comunicação com o mundo espiritual. Criou-se um alfabeto convencional, por meio de pancadas e, por intermédio desse sistema bastante rudimentar, descobriu-se que o Espírito comunicante era um antigo vendedor ambulante de nome Charles Rosna, que, daquele modo, procurava revelar a sua presença e entrar em contato com as pessoas da casa. O indivíduo portador desse nome fora, anos antes, assassinado na casa de Hydesville, na qual, sem o saber, viera posteriormente residir a família Fox. O assassinado revelou que havia sido morto com uma faca de açougueiro, cinco anos antes; que o corpo tinha sido levado para a adega; que só na noite seguinte é que havia sido sepultado; tinha passado pela despensa, descido a escada, e enterrado a três metros aproximadamente do solo. Adiantou, também, que o móvel do crime fora o dinheiro que possuía, cerca de quinhentos dólares.

Na noite de 1.° de abril, começaram a escavar o solo na adega, atingindo um lençol de água. Procedendo-se a nova pesquisa no verão do mesmo ano, foram descobertos uma tábua, carvão e cal, cabelos e ossos humanos, entretanto, somente no dia 22 de novembro de 1904, com a queda de uma parede, descobriu-se o esqueleto. Também foi achado um baú que pertenceu ao mascate.

Após estabelecer esse sistema de intercâmbio com o mundo espiritual, de que os fatos narrados foram apenas o prelúdio, outras entidades espirituais entraram a manifestar-se, fazendo entre outras a revelação de que as duas filhas de John Fox — Margareth e Kate — eram médiuns, por cuja inconsciente e involuntária intervenção se produziram os fenômenos. A elas estava reservada a missão de cooperar no importante movimento de idéias o qual, por semelhante forma, não tardaria a atrair a atenção do mundo.

Os acontecimentos tiveram inusitada repercussão em Hydesville, em Rochester, e em outras cidades circunvizinhas.

Ao transferir a sua residência para Rochester, a família de John Fox deparou com o primeiro óbice: o pastor da igreja, a que pertenciam, intimou as meninas, sob pena de expulsão, a abjurarem tais práticas. Essa imposição foi repelida pelas irmãs Fox e, por isso, elas foram expulsas daquela comunidade religiosa.

Surgiram, posteriormente, as comissões nomeadas para averiguarem a veracidade dos fenômenos e se pronunciarem acerca da sua natureza. A primeira, depois de longa e minuciosa pesquisa, concluiu por reconhecer a veracidade da intervenção espiritual, na produção dos fatos que o público se obstinava em atribuir a artifício daquelas humildes meninas sem considerar que nisso não havia para elas interesse algum. A segunda comissão foi nomeada, chegando ao mesmo resultado, com desapontamento para todos.

Nomearam por fim uma terceira comissão, composta de pessoas notáveis e insuspeitas e, quando terminou ela o seu rigoroso inquérito, grande parte da população de Rochester se reuniu no maior salão da cidade, conhecido por Corinthian Hall, com o fito de ouvir o resultado.

Deu-se, então, um fato incrível: como a conclusão a que haviam chegado os membros da comissão, confirmava, definitivamente, as pesquisas anteriores, o público, indignado pelo que teimava em ser uma burla por parte das jovens médiuns, que, ao lado de seus pais, aguardavam serenamente o veredicto, levantou-se em atitude hostil e, numa onda ululante, pretendeu invadir o recinto, com o intuito de massacrá-las. Foi necessária a pronta intervenção do venerando quaker George Willets, para evitar aquele linchamento. Willets chegou ao extremo de dizer que, se quisessem matar as meninas, os fanáticos teriam que passar sobre o seu cadáver.

As meninas sofreram nas mãos dos investigadores. No decurso das pesquisas, das comissões, que também tinham algumas senhoras entre os seus membros, estas despiram as meninas, submetendo-as a investigações brutais e aflitivas. Seus vestidos foram amarrados, apertados nos corpos, e elas colocadas sobre vidros e outros isolantes. A comissão se viu obrigada a referir que, Quando elas se achavam de pé sobre as almofadas, com um lenço amarrado à borda dos seus vestidos, amarradas pelas cadeiras, todos nós ouvimos as batidas distintas nas paredes, no assoalho e em outros objetos". Por fim, essa comissão declarou, enfaticamente, que as suas perguntas, das quais algumas feitas mentalmente, tinham sido respondidas corretamente.

As perseguições sofridas pelas irmãs Fox foram inenarráveis. Um jornal denominado Rochester Democrat havia tirado uma edição com a manchete "Exposição Completa da Mistificação das Batidas". O resultado das pesquisas obrigou o seu editor a sustar a distribuição do jornal.

Um dos pesquisadores afirmou que, senão se descobrisse qualquer fraude, ia atirar-se nas Cataratas do Genesse. Ele teve que mudar de opinião em sua afirmação.

Em 1850, foram recebidas em duas salas separadas, em Rochester, duas mensagens simultâneas, do Espírito de Benjamim Franklin, cujo teor era o seguinte:

"Haverá grandes mudanças no século dezenove. Coisas que, atualmente, parecem obscuras e misteriosas, para vós, tornar-se-ão claras aos vossos olhos. Os mistérios vão ser revelados. O mundo será esclarecido."

(Extraído de: A História do Espiritismo. Arthur Connan Doyle.)

Ave Maria


Amaral Ornellas

Ave Maria! Senhora
Do Amor que ampara e redime,
Ai do mundo se não fora
A vossa missão sublime!

Cheia de graça e bondade,
É por vós que conhecemos
A eterna revelação
Da vida em seus dons supremos.

O Senhor sempre é convosco,
Mensageira da ternura,
Providência dos que choram
Nas sombras da desventura.

Bendita sois vós, Rainha!
Estrela da Humanidade,
Rosa mística da fé,
Lírio puro da humildade!

Entre as mulheres sois vós
A Mãe das mães desvalidas,
Nossa porta de esperança,
E Anjo de nossas vidas!

Bendito o fruto imortal
Da vossa missão de luz,
Desde a paz da Manjedoura,
Às dores, além da Cruz.
 
Assim seja para sempre,
Oh! Divina Soberana,
Refúgio dos que padecem
Nas dores da luta humana.

Ave Maria! Senhora
Do Amor que ampara e redime,
Ai do mundo se não fora
A vossa missão sublime!

XAVIER. Francisco Cândido. Parnaso de além túmulo. Pelo Espírito Amaral Ornelas. FEB. 1932.

Alvorada



Cármen Cintra

Perdoa, meu irmão,
A noite triste e densa,
Porque a noite nos traz da escuridão
A alvorada por doce recompensa.

Agar

Recordemos a beleza da alvorada e perdoemos a noite, pelas sombras pesadas que nos traz.

Isabel Campos

Boa é a noite, que nos traz a alvorada; bom é o dia que nos traz o refrigério da oração à luz das estrelas.

XAVIER. Francisco Cândido. Dicionário da Alma. Autores Diversos. FEB. 1964

sexta-feira, 11 de julho de 2025

A linha do oriente

A imagem astral e sincrética da Linha do Oriente

Tive a oportunidade de ler um excelente livro sobre as diversas linhas de trabalho existentes na doutrina da Umbanda. Em um dos textos lidos, pude observar especialmente, a famosa linha da "Esquerda", a linha venerada em quase todos os centros espiritualistas de Umbanda, e até mesmo, centros espíritas ligados pela doutrina espírita, codificada por Kardec.

Neste livro, o que me chamou uma atenção especial foi a pouco conhecida "Linha do Oriente", a linha que compõe espíritos e falanges especializadas em curas, desobsessão, passes, etc.

Alguns, entretanto, podem se espantar ou se perguntar: porque esses espíritos (do oriente) usam nomes não-ocidentais como o árabe, persa, hindu, mongol ou muçulmano? Ora, a de se observar primeiro que a espiritualidade e o astral superior opera em todas a religiões existentes na Terra.

Separei, pois, um curto e breve aos leitores alguns nomes das falanges trabalhadoras do espaço, que poucos irmãos conhecem. O texto em si não está completo, pois, não se pode contar quantas falanges atuam na Terra; quantidade é imensa e inimaginável.

A Linha Oriental, conhecida na querida Umbanda e na doutrina espírita tem seus respectivos "Orixás", a quem nós (os encarnados), devemos respeitar e render homenagens a esses trabalhadores invisíveis do Cristo.

Eis os Orixás Chefes e Falanges da Linha do Oriente:

Chefes | Falanges

Zartu. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Indus (Hindus)
José de Arimatéia . . . . . . . . . . . Médicos e Cientistas
Jimbaruê . . . . . . . . . . . . . . . . . . Arabes e Marroquinos
Ori do Oriente . . . . . . . . . . . . . . Chineses, Japonêses e Mongóis
Inhoari . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Egípcios, Aztecas e Incas
Itaraiaci . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . índios Caraíbas,  Marcos I, Imperador Romano Gauleses, Romanos e Europeus

Infelizmente, existem espíritas que acreditam que as entidades benfeitoras atuam apenas em centro espíritas, o que é um grande engano. Essas falanges são especializadas em trabalhos de cura física (corporal) e do perispírito, usam água fluidificada e passes magnéticos, com os sem ajuda de seu médium. Atuam secretamente em igrejas, centros espíritas, templos, casas e seitas.

Escrito por Márcio

O Amor

Léon Denis

O amor é a celeste atração das almas e dos mundos, a potência divina que liga os Universos, os governa e fecunda; o amor é o olhar de Deus!

Não se designe com tal nome a ardente paixão que atiça os desejos carnais. Esta não passa de uma imagem. de um grosseiro simulacro do amor. O amor é o sentimento superior em que se fundem e se harmonizam todas as qualidades do coração; é o coroamento das virtudes humanas, da doçura, da caridade, da bondade; é a manifestação na alma de uma força que nos eleva acima da matéria, até alturas divinas, unindo todos os seres e despertando em nós felicidades íntimas que se afastam extraordinariamente de todas as volúpias terrestres.

Amar é sentir-se viver em todos e por todos, é consagrar-se ao sacrifício até à morte, em benefício de uma causa ou de um ser. Se quiserdes saber o que é amar, considerai os grandes vultos da Humanidade e, acima de todos, o Cristo, o amor encarnado, o Cristo, para quem o amor era toda a moral e toda a religioso. Não disse ele: `'Amai vossos inimigos?"

Por essas palavras, o Cristo não exige da nossa parte uma afeição que nos seja impossível, mas sim a ausência de todo o ódio, de todo o desejo de vingança, uma disposição sincera em ajudar nos momentos precisos aqueles que nos afligem, estendendo-lhes um pouco de auxílio.

O amor, profundo como o mar, infinito como o céu, abraça todas as criaturas. Deus é o seu foco. Assim como o Sol se projeta, sem exclusões, sobre todas as coisas e reaquece a natureza inteira, assim também o amor divino vivifica todas as almas; seus raios, penetrando através das trevas do nosso egoísmo, vão iluminar com trêmulos clarões os recônditos de cada coração humano. Todos os seres se criaram para amar. As partículas da sua moral, os germes do bem que em si repousam, fecundados pelo foco supremo, se expandirão algum dia. florescerão até que todos sejam reunidos numa única comunhão do amor, numa só fraternidade universal.

De "Depois da Morte".

* * *

O amor, como comumente se entende na Terra, é um sentimento, um impulso do ser. que o leva para outro. ser com o desejo de unir-se a ele. Mas, na realidade, o amor reveste formas infinitas, desde as mais vulgares até as mais sublimes. Principio da vida universal, proporciona à alma, em suas manifestações mais elevadas e puras, a intensidade de radiação que aquece e vivifica tudo em roda de si; é por ele que ela se sente estreitamente ligado ao Poder Divino, foco ardente de toda a vida, de todo o amor.

Acima de tudo, Deus é amor. Por amor criou os seres para associá-lo a suas alegrias, à sua obra. O amor é um sacrifício; Deus hauriu nele a vida para dá-la às almas. Ao mesmo tempo que a efusão vital, elas receberiam o principio afetivo destinado a germinar e expandir-se pela provação dos séculos, até que tenham aprendido a dar-se por sua vez, isto é, a dedicar-se, a sacrificar-se pelas outras. Com este sacrifício, em ver de se amesquinharem, mais os engrandecem, enobrecem e aproximam do Foco Supremo.

O amor é uma força inexaurível, renova-se sem cessar e enriquece ao mesmo tempo aquele que dá e aquele que recebe. E' pelo amor, sol das almas, que Deus mais eficazmente atua no mundo. Por ele atrai para si todos os pobres seres retardados nos antros da paixão, os Espíritos cativos na matéria; eleva-os e arrasta-os na espiral da ascensão infinita para os esplendores da luz e da liberdade.

O amor conjugal, o amor materno, o amor filial ou fraterno, o amor da pátria, da raça, da humanidade, são refrações, raios refratados do amor divino, que abrange, penetra todos os seres, e, difundindo-se neles, faz rebentar e desabrochar mil formas variadas, mil esplêndidas florescências de amor.

Até às profundidades do abismo de vida, infiltram-se as radiações do amor divino e vão acender nos seres rudimentares, pela afeição à companheira e aos filhos, as primeiras claridades que, nesse meio de egoísmo feroz, serão como a aurora indecisa e a promessa de uma vida mais elevada.

É o apelo do ser ao ser. é o amor que provocará, no fundo das almas embrionárias, os primeiros rebentos do altruísmo, da piedade, da bondade. Mais acima, na escala evolutiva, entreverá o ser humano, nas primeiras felicidades, nas únicas sensações de ventura perfeita que lhe é dado gozar na Terra, sensações mais fortes e suaves que todas as alegrias físicas e conhecidas somente das almas que sabem verdadeiramente amar.

Assim, de grau em grau, sob a influência e irradiação do amor, a alma se desenvolverá e engrandecerá, verá alargar-se o circulo de suas sensações. Lentamente, o que nela não era senão paixão, desejo carnal, ir-se-á depurando, transformando num sentimento nobre e desinteressado; a afeição a um só ou a alguns converter-se-á na afeição a todos, à família, à pátria, à Humanidade.

E a alma adquirirá a plenitude de seu desenvolvimento quando for capaz de compreender a vida celeste, que é toda amor, e a participar dela.

O amor é mais forte do que o ódio, mais poderoso que a morte, Se o Cristo foi o maior dos missionários e dos profetas, se tanto império teve sobre os homens, foi porque trazia em si um reflexo mais poderoso do amor divino. Jesus passou pouco tempo na Terra; foram bastantes três anos de evangelização para que o seu domínio se estendesse a todas as nações. Não foi pela ciência nem pela arte oratória que ele seduziu e cativou as multidões; foi pelo amor! Desde sua morte, seu amor ficou no mundo como um foco sempre vivo, sempre ardente. Por isso, apesar dos erros e faltas de seus representantes, apesar de tanto sangue derramado por eles, de tantas fogueiras acesas, de tantos véus estendidos sobre seu ensino, o Cristianismo continuou a ser a maior das religiões; disciplinou, moldou a alma humana, amansou a índole feroz dos bárbaros, arrancou raças inteiras à sensualidade ou à bestialidade,

(Extraído do livro "O Problema do Ser do Destino e da Dor", de Leon Denis.)

Aluvião


Agostinho

A aluvião do progresso dilacera a paisagem para infundir-lhe vida nova. 

XAVIER. Francisco Cândido. Dicionário da Alma. Autores Diversos. FEB. 1964

A guide for disobsession VIII

1 - Upon waking up, say to yourself: God grants me an additional day of experiences and learning. It is in trying that one learns. I will make good use of it. God helps me. (Repeat this several times, seeking to maintain these words in your mind. Repeat them again during the day).

2 - Understand that obsession is a state of tuning your mind to unbalanced minds. Cut out this tuning and connect yourself to good and happy thoughts. Repel the negative and inferior ideas. Understand that you were born to be good and normal. The inferior ideas and the inferior inclinations exist so that you can overcome them. Never give in to them.

3 – Change your way of viewing your fellow beings. In essence, we are all the same. If he is irritated, do not tune into his irritation. Help him to regain control over himself by treating him with kindness. Irritation is attunement with the obsession. Do not allow yourself to become involved with the obsession of others. Do not consider the other aggressive. Certainly he has been attacked and has been reacting incorrectly towards others. Assist him and you will be helped in return.

4 – Watch over your feelings, your thoughts and your words in your relationships with others. What you reap is what you will sow.

5 - Do not consider yourself as a victim. You can be acting as executioner without realizing it. Think about it constantly, in order to improve your relationship with others. To live is to exchange. Examine what you are exchanging with others.

6 - When you are feeling upset, do not aggravate this situation. It will be difficult for you to disassociate yourself from it. Remember that you are alive, strong, and healthy, and thank God for all of that. The vicissitudes of life are temporary, but if you keep feeding them they will last a longer period. It is you who sustain your difficulties. Be aware of this.

7 – Be assiduous in the spiritist institution with which you feel comfortable. Do not keep changing from one to the other. He who is not constant obtains nothing.

8 - If you hear voices, do not pay attention to them. Simply answer: “I do not have time to waste. Try to improve yourselves while there is time. You are on the road toward an abyss. Watch out.” And pray in thought to the Good Spirits in behalf of these spirits.

9 - If you feel that you are touched by fingers or by electrical discharges, repel these mocking spirits in the same manner, and mentally pray for them. Do not pay attention to them or feel afraid by these physical effect manifestations. Read daily, in the morning or at night, before going to sleep a passage from “The Gospel According to Spiritism” and meditate over what you read. Open up the book at random and do not think that the lesson applies only to you. It is usually for the obsessors, but you can also benefit from it. In the case of second-sight or clairvoyance, the procedures to be followed are the same. Never be frightened. It is precisely what they want to achieve, because in this manner they amuse themselves. These poor spirits cannot go beyond that, unless you allow them to play with you, which will end up increasing the degree of your obsession. Cut the links that they wish to establish by using your will power. If they pretend to be one of your discarnate friends or relatives do not be carried away by this information. Friends and relatives communicate at regular mediumship meetings; they do not wish to be disturbing.

10 - Read Allan Kardec’s book, “The Spiritist Initiation,” but the original by Kardec, not others from diverse authors, who could be confusing. Study the Spiritist Doctrine in the other works of Kardec’s Codification.

11 – Do not be attracted by so-called witchcraft or other forms of religious syncretism, such as the mixture of African religions with other popular beliefs. Do not believe that someone can remove the obsession with their bare hands. The “passes”2 have as a purpose the fluidic transmission of vital and spiritual energies to strengthen your resistance. Do not believe in the passes applied with excessive
gesticulation and other theatrics. The pass is simply the imposition of hands as taught by Jesus and practiced by Him. It is a humble donation and not a motive for drama, dances or gymnastics. Do not carry with you any type of amulet or miraculous necklaces. This is only a product of superstition that has their origin in
the primitive religions of the savages. You are not a savage; you are a civilized person capable of reasoning and only admitting to a rational faith. Study Spiritism and do not be carried away by nonsense. Dedicate yourself to it, but do not try to leap from apprentice to master, because the mastership Spiritism is only achieved in the spiritual world. On Earth we are all apprentices, with a greater or lesser degree of knowledge and experience.

References

Translator’s note: PASSES - (“pass,” laying on of hands). The donation of spiritual energies or
vital fluids from a medium and/or spiritic source to a patient. Spiritist divides passes into three types: (1) magnetic, in which the energy source is the medium; (2) spiritual, in which the energy source is the spirit; and (3) mixed, in which the source is both. Spiritists believe that, in practice, most passes are of the third type. (David J. Hess – “Spirits and Scientists – Ideology, Spiritism and Brazilian Culture” 1991 The Pennsylvania State University)Webster’s New Collegiate Dictionary - Pass: “A moving of the hands over or along something. ”Merriam-Webster’s Collegiate Dictionary - Pass: to serve as a medium of exchange.

(Extracted from The book "Obsession" by J. Herculano Pires. Translated by Jussara Korngold & Marie Levinson)