Esta epígrafe, apesar de sua elevadíssima acepção, enquadra-se perfeitamente ao caso de Francisco de Assis.
Ele via, ouvia e sentia os Espíritos. Em ocasiões especiais era visitado pelo Cristo-Jesus, cujas vibrações lhe provocavam êxtase.
Certa ocasião pernoitava num convento onde também uma criança, parente de frade ali residente, passava temporada.
Quando todos estavam dormindo, despertou e saiu sozinho para um bosque próximo. O
garoto foi atrás até que, em dado momento, ficou atônito ao observar "pai Francisco" conversando com um grupo de "almas do outro mundo".
No dia imediato todos ficaram sabendo que o "pobrezinho" estivera com os "santos" durante a noite.
Vejamos outro exemplo que evidencia a sua capacidade extrasensorial:
Francisco estava enfermo, tendo frei Leão ao seu lado, dando-lhe assistência. Este, entrando em prece, tem um visão: percebe grande rio. Muita gente tentando atravessa-lo. Uns, conseguem; outros, não.
Passado o transe, Francisco inesperadamente interroga-lhe sobre o ocorrido e interpreta visão.
O imenso rio que você acaba de ver representa o mundo com suas dificuldades e perigos;
as pessoas tentando transpô-lo, somos todos nós. Os incrédulos, vaidosos e egoístas são afogados nas águas do mal, mas aqueles que confiam em Deus e em si mesmos, perseverando na fé e na caridade, estes chegarão à outra margem da existência, felizes e salvos.
Casos dessa natureza aconteciam freqüentemente.
A regra de 1223, foi um ditado mediúnico. A própria entidade espiritual confirmou o fato na presença de muita gente.
Francisco entra em prece antes de escrever o documento doutrinário. Subitamente ouve "alguém" ao seu lado que passou a ditar os itens da exposição que seria regra para o movimento.
Quando o Poverello, em reunião, transmite aos companheiros o conteúdo, ou seja, a mensagem recebida, o próprio autor espiritual se fez ouvir através duma voz que vibrava no recinto sem incorporação mediúnica, isto é, por "voz direta".
Aliás, sabiam seus discípulos que ele era constantemente orientado pelo "Espírito Santo", o que significava dizer que uma entidade iluminada guiava ostensivamente seus passos, comunicando-se pela vidência, audiência ou pela inspiração.
Os biógrafos falam sempre de santo, quando se referem aos seres desencarnados que se comunicam com Francisco e seus discípulos. Aí reside uma questão de preconceitos. Usam nomes veneráveis para evitar que se pense em ligação ou pacto com os "mortos" ou com os "demônios". É uma maneira de bloquear tais cogitações, embora a verdade seja outra.
Moisés, Buda, Zoroastro, Maria, Paulo, Antônio, Ricardo, Joaquim, Helena, Severino, enfim, todos são filhos de Deus, sujeitos à mesma lei de evolução.
Inegavelmente, frei Francisco possuía faculdades media-anímicas. Convivia intensamente com os habitantes do plano invisível. E pela sublimidade do seu comportamento, podia tranqüilamente sintonizar-se com o próprio Cristo.
O Sol é seu mais importante refúgio,sua fonte de inspiração,seu manancial de forças...Nas suas asas transparentes,conseguia refletir as divinas claridades do Amor.
O Mundo de Francisco de Assis. Espírito Rabindranath Tagore. (Psicografado por Ariston S. Teles)
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