No ano de 1381, na aldeia de Roccaporena, região de Cássia, Itália, nasceu a menina Margherita, carinhosamente chamada de Rita. A paz reinava em seu lar cristão e contrastava com a violência dos bandos armados da região onde viviam.
Rita queria entrar para o convento, mas ao completar 15 anos, seguindo os costumes da época, seus pais lhe escolheram um esposo chamado Paulo Fernando, um homem violento, viciado na bebida e libertino.
Ao longo dos 18 anos de casamento ela sofreu um verdadeiro martírio. Suas orações e paciência alcançaram a conversão do marido.
Rita teve dois filhos, João e Paulo, batizados e educados na fé cristã. Desde cedo, a santa incutiu nos filhos o amor a Deus e a inclinação para a virtude.
Certa noite, Paulo Fernando foi morto por antigos inimigos. A santa perdoou os assassinos do marido e tentou transmitir o mesmo sentimento aos filhos.
Os filhos, porém, queriam vingança. Preocupada com a salvação eterna das almas deles, a santa pediu a Deus que eles morressem, antes que se manchassem com um pecado horrível.
João e Paulo contraíram uma doença mortal e a mãe, com amor e carinho, disse palavras de amor e de perdão. Eles se comoveram, perdoaram os assassinos do pai e morreram em paz com Deus.
Viúva e sem os filhos, a santa era consolada de seus sofrimentos pela firme esperança de que toda a sua família se salvara, e logo todos estariam reunidos no Céu.
Levada pelo antigo desejo de ser freira, a santa ingressou no mosteiro agostiniano de Cássia. Recebeu a ordem de regar um videira seca que, milagrosamente, deus folhas e frutos. Até hoje a videira está viva e frondosa e as freiras dão aos fiéis envelopes com o pó dos ramos da planta, que é ingerido por doentes.
A santa passou os últimos 15 anos de sua vida no mosteiro. Rezando diante do Crucificado, recebeu o estigma de um espinho da coroa de Jesus, cravado em sua testa. Ela faleceu em 22 de maio de 1447, repetindo às irmãs o conselho: "Permanecei no santo amor de Jesus. Permanecei na obediência da Santa Igreja Católica. Permanecei na paz e na caridade eternas."
Após a morte da santa, a chaga da testa cicatrizou e um perfume de rosas tomou conta do convento. Intocáveis milagres foram atribuídos à sua intercessão. No Brasil, ela é conhecida como a padroeira das causas impossíveis.
Santa Rita foi canonizada em 1900, sendo apresentada como modelo para os fiéis, de qualquer estado ou condição de vida.
Oração Final
Ó Santa Rita de Cássia, que tivestes uma vida inteiramente dedicada a Cristo Crucificado, dai-nos a graça de seguir o vosso conselho e permanecer no santo amor de Jesus, na obediência da Santa Igreja Católica, e na paz e na caridade eternas.
Santa Rita de Cássia, padroeira das causas impossíveis, rogai por nós!
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