Doce Mãe, Sereníssima Senhora,
Dos teus olhos velados de Doçura
Nasce fresca a alvorada, que fulgura
Na infortunada sombra de quem chora!
Quando meu ser vagava em noite escura,
Nas angústias do abismo que apavora,
Estendeste-me os braços, vendo, embora,
Minhas chagas de treva e de loucura...
Ante o Regaço Fúlgido consente
Que minha fé se exalte, embevecida,
Prosternada, ditosa, reverente.
Recebe no dossel de Graça e Vida
O louvor de teu filho penitente,
No clarão de minha alma convertida.
XAVIER. Francisco Cândido. Mãe: Antologia Mediúnica. Espíritos diversos. O CLARIM. 1987
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários não terão reflexo mediante o objetivo da página.